Opinião: Goiás Esporte Clube, um time fadado ao rebaixamento

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O Goiás Esporte Clube ligou o sinal de alerta no último domingo (4). Jogando em casa, o time esmeraldino foi derrotado pelo Cuiabá, clube que é concorrente direto na luta contra o rebaixamento. Além de perder o duelo de “seis pontos”, o GEC complicou sua situação na zona de rebaixamento, levantando diversas incertezas sobre a capacidade do clube goiano de permanecer na primeira divisão.

Planejamento pífio fará o Goiás disputar a Série B em 2024

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Créditos: Divulgação GEC

Era uma vez um sapo e um escorpião que estavam parados à margem de um rio.
— Você me carrega nas costas para eu poder atravessar o rio? – Perguntou o escorpião ao sapo.
— De jeito nenhum. Você é a mais traiçoeira das criaturas. Se eu te ajudar, você me mata em vez de me agradecer.
— Mas, se eu te picar com meu veneno – respondeu o escorpião com uma voz terna e doce -, morro também. Me dê uma carona. Prometo ser bom, meu amigo sapo.
O sapo concordou.

Durante a travessia do rio, porém, o sapo sentiu a picada mortal do escorpião.
— Por que você fez isso, escorpião? Agora nós dois morreremos afogados! – disse o sapo.
E o escorpião simplesmente respondeu:
— Porque esta é a minha natureza, meu amigo sapo. Eu não posso mudar isso.

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A fábula citada acima é o retrato perfeito da relação entre esmeraldinos e diretoria. Ano após ano, a mesma balela é dita pelos dirigentes, de que o Goiás irá investir forte no futebol, que o clube terá um planejamento extremamente profissional e eficaz. Uma mentira!

Com promessas de profissionalismo na montagem do elenco de 2023, o torcedor do Goiás fez como o sapo da fábula, acreditou nas palavras dos cartolas esmeraldinos (os escorpiões). No entanto, o que se viu foi um show de horrores. Diversas apostas para um time que disputaria a primeira divisão nacional, contratações absurdas, como a dos centroavantes Phillipe e Gabriel Novaes.

Assim como o escorpião que não consegue controlar seus instintos, a diretoria do Goiás se prova incapaz de aplicar profissionalismo no futebol do clube. A permanência de atletas como Fellipe Bastos, Hugo e a contratação de jogadores sem NENHUM nível para Série A, como Edu, Willian Oliveira, Ariel, Alesson, Diego Gonçalves, Phillipe, Gabriel Novaes e outros, é o recibo da passagem de volta para a Série B.

Não satisfeitos em montar um elenco de baixíssimo nível, os paladinos alviverdes contrataram um técnico para a temporada 2023, porém, resolveram demitir o mesmo com poucos meses de trabalho e um aproveitamento superior aos 70%. Erraram na escolha do técnico, mas erraram MUITO mais ao demiti-lo e deixar o clube nas mãos de um AUXILIAR de 56 anos de idade.

Nada contra a pessoa do Emerson Ávila, mas deixar o Goiás disputando uma Série A e Copa Sul-Americana nas mãos de quem nunca havia ganho nada e acumulava experiências apenas como auxiliar, técnico de base e treinador de equipes que praticamente só disputam estadual, foi muita irresponsabilidade.

Algumas notícias dão conta de que o Goiás busca enfim contratar um novo treinador. O presidente Paulo Rogério também afirmou que o GEC será “agressivo” na janela do mês de julho. No entanto, mais uma vez se aplica a fábula do sapo e do escorpião, pois a janela “agressiva” será a vinda de jogadores da segunda divisão ou encostados em ligas de terceiro escalão na Europa.

Além do mais, Zé Ricardo será o grande escolhido para livrar o Goiás do rebaixamento? Risos. Triste realidade esmeraldina, o retorno para a Série B em 2024 é iminente. Para piorar, com requintes de crueldade, o maior rival do clube (Vila Nova) é fortíssimo candidato ao acesso para a Série A do ano que vem.

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Foto: Estadão

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