Opinião: A maior deficiência do Goiás nos últimos 15 anos

Goiás
Foto: Acervo/GEC

Quando o elenco de um time de futebol é montado, algumas posições são visadas para receber um maior investimento. Em tais posições, ter um atleta de maior qualidade é essencial, pois costumeiramente decidem as partidas. Centroavante, segundo volante e meia-atacante, talvez sejam essas as posições mais visadas no futebol atual.

Quando se trata de Goiás Esporte Clube, as posições de segundo volante e centroavante são historicamente bem servidas, e recentemente, nomes importantes ocuparam essa vaga no time esmeraldino, como Thiago Mendes, David, Patrick e Léo Sena, de médios-volantes. Saudoso Fernandão, Rafael Moura, Walter, o outro Fernandão (ex-Bahia) e Pedro Raul são exemplos de centroavantes que recentemente marcaram muitos gols pelo Goiás.

Mas se nessas posições o clube esmeraldino está quase sempre bem servido, não podemos dizer o mesmo sobre o meia-atacante. O famigerado “CAMISA 10” está em falta, e no Goiás especificamente são quase 15 anos desde o último meia-atacante de qualidade no time esmeraldino. Me refiro a Léo Lima, que no ano de 2009 desempenhou um ótimo futebol atuando na posição. Paulo Baier, 1 ano antes, se despediu do Goiás, deixando o clube esmeraldino no final de 2008, e sendo sem dúvidas o melhor camisa 10 do futebol goiano neste século.

Goiás
Foto: Ueslei Marcelino

Mas após Léo Lima, não houve outro atleta nesta posição que trouxesse satisfação total ao torcedor esmeraldino. Nomes como Bernardo, Marcelo Costa, Renan Oliveira, Carlos Alberto, Felipe Menezes, Daniel Carvalho, Jean Carlos, Renato Cajá, Marlone, Giovanni Augusto, Daniel Bessa, Elvis e Marquinhos Gabriel, passaram pelo clube desde 2009, alguns até tiveram bons momentos na Série B, como Renan Oliveira e Elvis, mas não conseguiram a regularidade necessária para disputar a Série A.

Goiás
Foto: Rosiron Rodrigues

Um meia-atacante de qualidade é sinônimo de gols e assistências, e atletas desse nível nesta posição não são exclusivos dos grandes e poderosos times do futebol nacional. Clubes como América-MG, Fortaleza, Ceará e Bragantino tiveram recentemente jogadores de alto nível nessa posição, como: Serginho, Vina, Thiago Galhardo e Claudinho. Isso prova que é possível sim o Goiás buscar um camisa 10 de alto nível.

Goiás
Foto: Divulgação/América-MG

Para o Goiás, conseguir achar o seu “10” é essencial, pois um clube que almeja permanecer na Série A mais difícil dos últimos anos e fazer uma boa campanha na Copa Sul-Americana, um meia-atacante de alto nível é indispensável.

A diretoria alviverde segue no mercado em busca de um atleta para esta posição, e de fato, é necessário ser criterioso e certeiro nesta contratação, mas também é preciso ter coragem e realizar um investimento maior, pois nenhum camisa 10 de qualidade receberá um salário menor do que na casa dos R$ 300 mil. Investir um pouco mais em um meia-atacante pode ser o super trunfo do Goiás na temporada, como foram em outras posições, Michael em 2019 e Pedro Raul em 2022.

Leia Mais:

A opinião de um artigo assinado não reflete necessariamente a opinião do site, é o ponto de vista exclusivo do autor que elaborou o artigo.