Na tarde do último domingo (2), o Goiás amargou uma derrota que pode ter lhe custado o título estadual. Após o revés pelo placar de dois a zero para o rival Atlético-GO, um burburinho sobre uma possível saída do técnico Guto Ferreira começou a ganhar força. A demissão do treinador ainda não ocorreu, e até o momento, tudo se mantém no campo da especulação, entretanto, é inegável que o comandante alviverde está na corda bamba e balançando muito no cargo.
Já passou da hora de um treinador estrangeiro comandar o Goiás
Historicamente, o Goiás sempre foi um clube conservador quando se trata de jogadores estrangeiros, porém, isso mudou nos últimos anos, e o clube esmeraldino vem contratando cada vez mais atletas nascidos fora do Brasil. Essa evolução é digna de reconhecimento, afinal, a exploração do mercado sul-americano sempre foi um pedido do torcedor alviverde.
Mas se engana quem acredita que essa mudança de postura foi arbitrária, pelo contrário, os cartolas esmeraldinos foram forçados a enxergar que é IMPOSSÍVEL um clube emergente competir com os gigantes do futebol brasileiros nas contratações dos destaques nacionais. Por conta disso, passaram a explorar o mercado de fora.
Acontece que, o pensamento retrógrado de não contratar estrangeiros permanece em outra função, na de treinador. Por mais que o clube tenha cogitado buscar um comandante gringo em 2022, todo aquele alvoroço do Harlei viajando para Portugal não resultou em NADA. O clube escolheu apostar no inexperiente Bruno Pivetti. Depois, recorreu ao brasileiro NATO Jair Ventura, com o bom e velho futebol retrancado, que tomou conta dos técnicos de nacionalidade tupiniquim.
Após a saída de Jair, mesmo com o mercado de treinadores nascidos no Brasil estando completamente ultrapassado, a diretoria esmeraldina optou por outro velho conhecido do futebol nacional, o então demitido do Coritiba, Guto Ferreira.
Absolutamente nada justifica os dirigentes do Goiás não buscarem algo novo, saírem da mesmice, a única explicação para não tentarem um técnico estrangeiro é MEDO, um receio enorme de arriscar e fracassar. Os treinadores brasileiros já provaram que estão cada vez mais ultrapassados, e talvez com a exceção de Antônio Carlos Zago, não há NENHUM técnico brasileiro decente para comandar o GEC em caso de demissão do Guto. (Sejamos realistas, Dorival recusou o Goiás antes mesmo de ir para o Flamengo e ganhar quase tudo, imagina agora, depois de conquistar a Libertadores e Copa do Brasil…)
A única saída para o comando da equipe é OUSAR, fazer como o Fortaleza fez, buscar um treinador estrangeiro com boas ideias de jogo, que tenha um bom currículo em equipes com menor potencial técnico, um comandante que saiba se adequar de acordo com o adversário, seja tendo a posse e atacando o tempo todo, ou se defendendo e saindo no contra-ataque.
E vale ressaltar, das vinte equipes do Campeonato Brasileiro da Série A, DEZ são comandadas por estrangeiros. Tudo isso não é apenas “moda”, e sim um movimento claro, que escancara a pobreza de técnicos que o Brasil apresenta no momento. Resta ao trio Edminho, Harlei e Paulo Rogério enxergar tal situação.
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