Opinião: Goiás, um clube desatualizado

Foto: Divulgação/GEC

Pensando no que escrever a respeito do Goiás, tive o cuidado de observar o site oficial (https://www.goiasec.com.br/) e me deparei com uma profunda falta de atualização, muito embora o clube tenha se dedicado às divulgações frequentes em redes sociais, onde nossos jogadores aparecem, normalmente impecáveis na aparência e no vestuário. A última publicação oficial no site foi em 15/04/2023.

Nessa semana teremos dois desafios interessantes, sendo o primeiro jogo contra o Universitário-PER, pela Sul-Americana, fora de casa, no famoso Estádio Monumental de Lima, no dia 20/04. O adversário venceu seu jogo de estreia, fora de casa, na primeira rodada, contra os argentinos do Gimnasia La Plata. Na sequência, teremos o Corinhthians/SP, pelo Brasileirão, no domingo (23/04), em jogo agendado para a Serrinha, as 19h00. O adversário paulista venceu na primeira rodada, enquanto nós perdemos, em mais uma estreia frustrada em Curitiba, quando, além da derrota, fizemos uma partida sem muitas coisas positivas a serem analisadas.

Existem alguns torcedores esmeraldinos que conseguem ver alguns pontos positivos na equipe e outros que enxergam uma saída, a partir da chegada de um novo treinador, renomado ou promissor. Entretanto, vejo que seria hora da diretoria esmeraldina mostrar serviço ou abrir logo o jogo em termos de pretensões para a temporada. É difícil entender o que justifica tanta demora na solução de questões tão simples, como contratar um treinador para dirigir um tradicional clube da Série A.

A escassez de notícias atualizadas da gestão do elenco de futebol me preocupa, pois estão apostando alto no título da Copa Verde e em uma boa campanha na Sul-Americana. Todavia, não sei se isso é que deixaria a grande maioria dos esmeraldinos felizes. E essa felicidade pode ser constatada na manutenção da partida contra o Corinthians para a Serrinha. Nosso primeiro jogo em casa pela Série A esse ano e acredito que terá um bom apelo do público verde, não pelo adversário em si, mas pelo desejo de muitos em ver o Goiás em campo.

Voltando ao tema, clube desatualizado, vejo que o Goiás é um dos poucos clubes que parou no tempo em termos de renovação de seu modelo de gestão e de trocas em sua diretoria. Embora existam alguns atritos públicos entre os Pinheiros, desde o saudoso Haylé, aos atuantes Edminho e Paulo Rogério, com dirigentes fora do clã pinheirista, o que deve ser ressaltado é que todos vem da mesma base política, muitos sendo, inclusive, grandes amigos.

Entretanto, bem ou mal, clubes de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais, apresentam mudanças bem mais radicais, o que levou ao desaparecimento de algumas figuras históricas. Mas essa mudança é salutar e funcionou em alguns clubes.

O medo do endividamento talvez seja o maior dos problemas da direção atual, mas isso não impede nossa sucessão de sobe e desce da Série A para a Série B. Agora temos a alternativa da Sociedade Anônima do Futebol (SAF), que pode ser um meio de alavancar a marca, condição que pouco avançou nos últimos anos, mas o assunto é tratado com certa discrição por aqui.

Enquanto isso, o tempo passa e ficamos com a sensação de que nada mudou no Goiás. São sempre as mesmas críticas e os mesmos problemas, principalmente nas duas últimas décadas. Pouco investimento e demora na contratação de jogadores e treinador e muita aposta em nomes de pouca expressão e sem passagem pela Série A.

De clube vitrine para clube laboratório. Liberou o improdutivo atacante Nicolas, mas manteve nomes que pouco acrescentaram em suas passagens, como Apodi e Felipe Bastos, além do apagado Vinícius e outras figuras que, ao que parecem, não vão deixar boas lembranças.

Espero que minha frustração seja amenizada por boas vitórias ou boas atuações essa semana e que na próxima vez que voltar a escrever eu possa deixar comentários mais otimistas e elogiosos ao clube e ao time.

ETERNAMENTE SEREI GOIÁS.

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