Opinião: Mais uma campanha vergonhosa do Goiás

Foto: Rosiron Rodrigues

Torcedor do Goiás há bastante tempo, eu posso afirmar com absoluta fraqueza que, entra ano sai ano, o clube esmeraldino segue colecionando fracassos e diminuindo de tamanho, o que pode ser comprovado na falta de títulos, na inexistência de regularidade, ausência de planejamento e falta de investimento condizente com uma agremiação que quer permanecer na elite do futebol brasileiro.

A choradeira depois de mais uma derrota, marcada pelo cancelamento da entrevista da comissão técnica, que deu lugar para um dirigente, só demonstra que a marca do Goiás é a a política do pão e circo. Sempre tem uma distração para tentar encobrir a obviedade de um clube que não revela mais bons jogadores e só contrata apostas, muitas delas em baixa e que deixam grande prejuízo financeiro.

Ora, a derrota para o Santos pode até passar pela bizarra marcação de um pênalti inexistente, mas desde que o futebol existe, com VAR, ou sem VAR, isso acontece. O que não acontece é levar pressão de um time fraco com o do Santos, que não ganhava de ninguém a sete rodadas. Sucessivas falhas de marcação e pouca criatividade. Mas esperar o que de quem reabilitou o Coritiba?

Será que o veto à entrevista da comissão técnica foi um boicote, uma tentativa de apagar algum incêndio ou buscou se evitar maiores transtornos? Vimos a franqueza de treinadores como Antônio Carlos Zago e, por que não, de Emerson Ávila, que revelaram suas frustrações durante uma coletiva. Será que Armando Evangelista vai ter paciência com essa vida de blefe do Verdão?

O que não falta é desânimo e frustração. Grande parte da torcida, que são esmeraldinos de verdade, entendem que pouco adianta apoiar. O resultado será sempre o mesmo. O problema é a gestão e a falta de ambição da diretoria esmeraldina, que só sabe falar em estrutura, que nem é tão boa quanto antes, e na manutenção das contas em dia. Olhem para a parte de cima da tabela e vejam os exemplos de clubes que mantém ao menos a esperança na cabeça do torcedor.

E não venham contrabalancear minhas críticas com a campanha na Copa Sul-Americana. Eu já vi esse filme. E não termina bem.

Temos alguns poucos nomes nesse elenco que são jogadores dignos e capazes de disputar uma Série A, mas a maioria não merece a oportunidade que está recebendo. Se a diretoria escala ou não, isso é problema de Armando Evangelista, que entrou nessa barca furada. O fato é que as contratações são ruins e os resultados revelam nossa realidade. 26% de aproveitamento. 14 jogos, com 3 vitórias, 2 empates e 9 derrotas. Desses, temos 3 derrotas e um empate em casa.

A imagem de capa dessa coluna revela a realidade. Um jogador (goleiro Tadeu), que tem minha confiança, dando um chutão para frente. É evidente que o futebol brasileiro está nivelado por baixo, pela falta de qualidade e falha na formação dos jogadores. Por isso, é comum os goleiros participarem mais dos jogos com os pés. Essa é a bola de segurança dos desqualificados, que quando não conseguem criar, pipocam e recuam para o goleiro. Aí, com os pipoqueiros se escondendo, só resta o chutão.

Como disse, mais uma campanha vergonhosa, marcada por jogos e resultados ruins. Espero que a chamada “janela de contratações” possa nos trazer algum milagreiro, que chegue para contagiar o grupo e fazer a diferença em campo. Até lá, vamos viver até o dia em que Goiás jogar, pois é certo que, de duas, uma: ou vamos sofrer, ou vamos passar raiva. Nossa imensa Nação Esmeraldina merece mais.

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