Opinião: O momento é de apoio total ao Goiás

Goiás
Foto: Rosiron Rodrigues

Ontem o Goiás foi ao Rio de Janeiro enfrentar o líder Botafogo e saiu de campo com um empate que, se não pode ser considerado heroico, pelo peso da partida, foi fundamental para manter a confiança no grupo esmeraldino para o restante da temporada. O time mostrou personalidade e teve bons momentos na partida, apesar de adotar um esquema tático muito arriscado, o que se justifica, a princípio, pela limitação técnica do elenco.

Pelos comentários da mídia especializada, muitos veem em times como o Goiás e Vasco da Gama potencial para evitar um rebaixamento, comparando os grupos com os times da segunda metade da tabela do Brasileirão, pois o Verdão mostra que pode buscar algo melhor, ainda que os resultados não apareçam.

O problema é que lá vão quase dois meses da nossa última vitória, contra o América/MG, no dia 13/08, pela 19ª rodada. São seis jogos sem vencer na competição, muito embora enfrentando grandes adversários, o que deixa o Goiás (27) numa posição delicada na tabela, na 16ª colocação, apenas um ponto da zona de rebaixamento, que tem o Vasco da Gama em 17º, com 26 pontos.

E falando em desafio, o próximo é contra o Bahia/BA, segundo time na zona da degola, com 25 pontos. Os baianos, que não jogam um grande futebol e tampouco assustam, vem à Goiânia com a possibilidade de sair da situação incomoda, em caso de vitória, o que aumenta o peso da partida, que, além de ser um confronto direto, pode deixar os baianos em situação mais difícil, caso o Goiás vença em seus domínios.

Não dá para apontar um favorito para essa partida, mas o Goiás vem jogando mais bola e ainda jogará perante sua torcida. E sobre torcida que eu venho falar nesta coluna. Nunca fui de defender diretoria e time ruim, mas agora é hora de dosar melhor nossas críticas. O momento é de apoio incondicional e não há alternativa senão torcer pelo clube.

Desde ontem temos nos deparado com as mais diversas críticas aos jogadores, especialmente os atacantes, que seriam responsáveis diretos pela falta de gols e de vitórias. Mas esse esporte não é tão simples. É óbvio que não se pode desperdiçar as oportunidades criadas durantes os jogos, e são raras, mas o fato é que o esquema de jogo é muito desfavorável aos jogadores de frente, assim como não temos meias e laterais com uma precisão absoluta nos passes e cruzamentos.

A bola simplesmente não chega e, quando chega, às vezes falta perna, confiança ou um bom posicionamento para a finalização. Isso é prática e treinamento. Acredito que os treinamentos sejam bem executados, mas não posso, pelas circunstâncias atuais, exigir dos atletas uma eficiência desproporcional àquilo que é possível executar em campo. Nosso grupo se formou há pouco tempo e durante a temporada. Até mesmo a comissão técnica é nova. Falta tempo para construir uma identidade ou dar condições ideais aos atacantes.

O Goiás fez apenas 21 gols nesta Série A, marcando com Lucas Halter (3), Guilherme (3), Bruno Melo (2), Maguinho (2), Alesson (2), Matheus Peixoto (2), João Magno (2), Morelli (1), Apodi (1), Vinicius (1) e Matheus Babi (1). Ou seja, onze jogadores balançaram as redes no Brasileirão. E olhe que estamos correndo atrás desde o início da competição, na qual passamos boa parte da zona de rebaixamento.

Como o Goiás não tem dinheiro para contratar artilheiros de outros clubes nacionais e do exterior, temos que nos contentar com João Magno e Matheus Babi, além dos oportunistas Maguinho e Apodi e outros que tem balançado as redes pelo Verdão. O campeonato está acabando e podemos deixar nossas críticas e frustrações para depois. O Goiás precisa de apoio incondicional de sua torcida. Quem não quer apoiar, é melhor ficar em casa ou se afastar das mídias sociais e da televisão.

Existe um processo de construção de um clube e nunca se conhece as bases dos projetos do Goiás. Quais são os objetivos ou ambições. O que se vê é um planejamento ruim e investimento tardio. Mas, neste momento, energia negativa, críticas, protestos e ameaças não nos levarão a lugar nenhum. Por isso, vamos acreditar, apoiar e ajudar o Esmeraldino a se livrar desse terror.

ETERNAMENTE SEREI GOIÁS.

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