Opinião: Solução para o ataque do Goiás pode estar nas improvisações

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Foto: Rosiron Rodrigues

O Goiás volta a campo apenas na próxima segunda-feira (2), quando visita o líder Botafogo, em confronto válido pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro Série A. A conquista da vitória é de suma importância para o GEC, já que o clube esmeraldino está há cinco jogos sem vencer, além de ter seus concorrentes diretos se aproximando na classificação. Para conquistar o triunfo, o time goiano precisará manter a solidez defensiva e superar o incômodo problema no ataque.

Em um ataque tão inofensivo, as improvisações podem salvar o Goiás

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Foto: Rosiron Rodrigues

Desde que Armando Evangelista assumiu o Goiás, o sistema defensivo do time esmeraldino se transformou da água para o vinho. Apesar da solidez e da segurança defensiva, o ataque alviverde não evoluiu em conjunto, e no momento atual, com apenas 20 gols marcados, o Goiás carrega a marca do pior ataque da Série A.

O motivo de tamanha ineficiência é bem claro e explícito: deficiência técnica. Dentre os 20 elencos da Série A, o Goiás tem a pior composição de ataque de forma disparada. Um erro crasso na montagem do elenco que resultou nesta tragédia ofensiva.

Culpar Armando Evangelista pelo fraco desempenho no ataque não seria coerente, já que o português assumiu a equipe com a temporada já na metade e com o elenco praticamente fechado. Alguns reforços vieram, no entanto, eram apenas os “restos”, já que para equipes como o Goiás, a janela de julho se resume em contratar jogadores que os times maiores não quiseram.

Apesar de não ter culpa pelo elenco limitadíssimo que tem em mãos, Armando Evangelista pode tomar uma ação que melhore a parte ofensiva do Goiás: as improvisações de Sander e Guilherme.

Líder de assistências na temporada, o lateral-esquerdo Sander deve retornar de lesão na próxima partida. Apesar do prestígio, a vaga deixada por Sander foi muito bem preenchida, especificamente no aspecto defensivo. Hugo vem enfileirando boas atuações, o que dificulta o retorno imediato de Sander para a posição de titular. Entretanto, o meia-esquerda Anderson Oliveira não vem correspondendo ofensivamente, possibilitando o encaixe perfeito líder de assistências nessa posição. Sander, sendo lateral de ofício, conseguiria recompor ainda melhor que Anderson, e na parte ofensiva é enorme a diferença entre os dois.

Outra improvisação na equipe envolveria Guilherme Marques. O meia é indiscutivelmente o melhor finalizador do elenco esmeraldino, sendo totalmente superior aos centroavantes João Magno e Matheus Babi. Além de finalizar melhor, Guilherme tem mais mobilidade do que ambos, e em uma possível improvisação de falso 9, poderia render muito mais que os atuais homens de área. Caso alguém questione sobre a bola aérea ofensiva, eu devolvo com uma pergunta: o que João Magno e Babi estão fazendo? Deixem os gols de cabeça por conta dos zagueiros artilheiros, um time que não quer cair precisa saber marcar gols sem chuveirinho!

Improvisando Guilherme no ataque, ainda abriria espaço para o retorno de Julián Palacios. O argentino cumpriria a função tática de Guilherme, como meia-atacante, o que não iria exigir tanta recomposição de Palacios.

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É claro, todas essas teorias não são garantias de funcionamento, mas em um time tão limitado tecnicamente, não custa nada tentar algo novo, uma mudança radical no setor deficitário para tentar voltar aos trilhos.

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