A realidade do Goiás: Armando Evangelista abre o jogo com Téo José

Goiás
Foto: Reprodução/Pod Pai Pod Filho/YouTube

Com muitos holofotes em seu primeiro trabalho no futebol brasileiro, Armando Evangelista, técnico do Goiás, vem participando de diversos programas televisivos. Porém, desta vez o treinador esteve em um Podcast, no YouTube, chamado de Pod Pai Pod Filho, apresentado pelo narrador Téo José, esmeraldino fanático, que sempre leva o nome de seu clube de coração para todos os cantos do país.

Evangelista fala com Téo José sobre o momento do Goiás

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Foto: Reprodução/Pod Pai Pod Filho/YouTube

Durante o programa, Téo José debateu diversos temas com o treinador português, mas como bom esmeraldino que é, não deixou de falar um pouco sobre o desafio que o treinador vem tento ao comandar o Verde. Armando explicou os motivos que o fizeram vir para o clube, e também que acredita muito em reverter a situação delicada do time.

A verdade é que se eu cheguei aqui é porque o Goiás não estava bem. Estava doente. Se não, provavelmente, não estaria aqui. Esse é o primeiro ponto. Eu tinha noção das dificuldades que iria encontrar pela frente. Como acabei de dizer, há um grande conhecimento do futebol brasileiro, de todos os clubes, então eu sabia o que ia encontrar, sabia das dificuldades, quis o desafio, quis ter esse desafio agora. Estamos empenhados, juntamente com a nossa direção, em reverter isso, porque é óbvio que há muito a fazer. Se a torcida estiver do nosso lado, do lado dos atletas, do lado da direção, fica mais fácil. 

Quando nós estamos frágeis e temos a capacidade de juntar todas as forças, vamos ficar mais fortes. Eu acho que temos que olhar para a situação do Goiás dessa forma, porque dividir o que já está muito dividido neste momento não vai nos levar a lugar nenhum. Quem gosta realmente do time sabe que não é a solução isso. Eu acho que estamos numa situação que é de agregar, juntar forças para que possamos realmente sair desta situação.

É procurar este ano evitar o rebaixamento para nos anos seguintes dar aquilo que a torcida quer, capacidade de poder lutar por algo a mais. Mas a verdade é que isso só poderá ser conquistado se a gente conseguir a manutenção. Não pode haver dúvidas. Eu acho que vale a pena pagar esse preço e agregar, juntar forças, porque acredito que o que vem à frente vai ser muito melhor.

O tempo é nosso inimigo, a gente está esclarecendo processos, porque há necessidades, mas o orçamento é limitado. Estamos procurando dar aqui outra profundidade ao elenco que ele não tem, e a verdade é essa, estamos procurando (reforços) uns tem aceitado, outros não. Não dá a segunda escolha que tínhamos, temos que ir para terceira, mas tentar colocar o time mais competitivo para fazer frente aos tais 15 campeões. Só isso já mostra a dificuldade que é o Brasileirão.

Sabemos que só a ajuda de todos pode fazer com que isto seja possível. Essa é a realidade. Porque se parar neste momento não vai ajudar em nada. Nós estamos convencidos que temos a capacidade de melhorar, de fazer com que a mentalidade dos nossos jogadores hoje em dia seja uma mentalidade diferente daquela que era lá atrás, mentalidade pequena, mentalidade de coitadinhos, como dizemos em Portugal. ‘Ah, coitadinhos, não sei o quê, grupo pequeno’. Não! Não podemos ter esta mentalidade.

Temos de ter a capacidade de saber lidar com as vitórias, com as derrotas, porque vamos perder. Mas sempre com a capacidade de olhar ‘olhos nos olhos’, de enfrentar, seja quem for, sem ser o coitadinho. Não somos coitadinhos nenhum. Temos saúde, temos um emprego, boas condições de trabalho. Então, o que é que nos falta? Temos que olhar ‘olhos nos olhos’ e temos que ser capazes, dentro daquilo que é o nosso orçamento, das nossas limitações. Mas já no passado foi assim comigo.

Por isso, eu vejo muito este desafio como o trabalho que tive lá atrás (no Arouca). Agora, tendo sempre a noção, e estou a repetir isso, que todas as forças vão ser poucas para poder ajudar. Temos que agregar, temos que agregar porque da parte da direção eles têm feito um esforço grande para que não falte nada, para também trazer outros profissionais que possam ajudar. Tem tido um esforço grande, eu sou testemunha disso mesmo, óbvio, sempre respeitando o orçamento – disse Armando Evangelista no programa Pod Pai Pod Filho, apresentado por Téo José.

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