Dívidas do Goiás: Paulo Rogério quebra o silêncio e fala sobre toda a situação vivida pelo clube esmeraldino

Goiás
Paulo Rogério Pinheiro, presidente do Goiás - Foto: Fernando Lima

A janela de transferências do futebol brasileiro fecha na próxima segunda-feira (15) e a diretoria do Goiás Esporte Clube vem encontrando dificuldades para contratar reforços, principalmente pela questão financeira que o clube atravessa. A revelação foi feita pelo presidente executivo do Verdão, Paulo Rogério Pinheiro, em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (11).

Paulo Rogério explica dívidas do Goiás

Goiás
Foto: Rosiron Rodrigues

De acordo com o dirigente, o Verdão paga atualmente dívidas de 2020 e dispõe de poucos recursos financeiros para fazer grandes contratações. Por isso, os jogadores que podem chegar nos próximos dias, têm caráter de aposta. Ele classificou como “bomba atômica” os problemas trabalhistas que surgiram nos últimos meses em decorrência de gestões anteriores.

No dia 30 de dezembro de 2020, o Goiás devia R$ 17 milhões. No dia 2 de janeiro de 2021, já eram R$ 35 milhões e passados mais quatro meses, já estavam se aproximando dos R$ 50 milhões (de dívidas). Eram 25 ações (trabalhistas), nós fizemos acordo com 20 (atletas). Foi quando meus advogados me falaram “até dezembro vamos ter que pagar em torno de R$ 6 milhões de quatro ações trabalhistas. Não tem como ‘enrolar’ – contou Paulo Rogério.

Aí a torcida fala ‘vamos fazer um esforço para contratar’, que esforço? Esforço eu venho fazendo desde o ano passado. Vocês não sabem o que é sentar no Goiás e não ter dinheiro para pagar o Ceasa (Centro de Abastecimento de Goiás). Meu tempo hoje é dedicado ao passado – completou o presidente.

Diante deste cenário apresentado pelo departamento jurídico do clube, Paulo Rogério disse ter se reunido com Edminho Pinheiro, presidente do Conselho Deliberativo, para analisar a possibilidade de trazer reforços para a segunda parte do Brasileirão.

A reserva (financeira) nós perdemos, se nós contratarmos vamos atrasar salários e premiação, aí é rebaixamento com certeza. Eu, como presidente executivo, não autorizo contratar mais. Então não teve problema de Harlei (vice-presidente de futebol), de Edminho, de Jair (Ventura), se tem uma pessoa que segurou as contratações fui eu, o presidente – afirmou Paulo Rogério.

Leia Mais: