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Fellipe Bastos: Delegado revela detalhes da investigação de racismo sofrida pelo jogador

Fellipe Bastos na delegacia - Foto: Wesley Costa / O Popular

O delegado do Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (GEACRI) da Polícia Civil (PC), Joaquim Adorno, responsável pela investigação do caso de racismo denunciado pelo jogador do Goiás Esporte Clube, Fellipe Bastos, afirmou ao Sistema Sagres de Comunicação que o autor ainda não foi identificado. Essa afirmação derruba a informação do Mais Goiás, que havia dito que autor já tinha sido identificado. 

A Polícia Civil está recebendo todas as gravações das emissoras e do sistema de segurança do Atlético para poder identificar o torcedor. Agora, estamos trabalhando todas as imagens para poder identificar a pessoa que praticou o ato racista. Acredito que em breve, após as análises de todas essas imagens, que pode durar até 15 dias, nós iremos identificar o torcedor e intimá-lo para interrogatório – contou.

Veja mais detalhes sobre a investigação envolvendo do volante Fellipe Bastos

Goiás
Fellipe Bastos – Foto: Rosiron Rodrigues/Goiás EC

Joaquim Adorno destacou também será necessário ouvir o autor, já que não pode ser levado em conta apenas a palavra de Fellipe Bastos.

Não vou citar nomes agora (testemunhas), vou esperar um pouco mais e depois citaremos, mas são jogadores do próprio time (Goiás) que estavam com ele – revelou. 

Circulou nas redes sociais nos últimos dias a foto do possível suspeito do crime. Apesar disso, o delegado reforçou que o autor ainda não foi identificado, mas que as investigações seguem acontecendo.

Devemos ter muita responsabilidade nessa situação, porque qualquer fala errada podemos fazer justiça com um cidadão que não fez nada. Oficialmente, não temos nenhuma identificação. Temos uma ideia de imagem, de quem possa ser, mas não temos nenhuma identificação. Acredito que, no máximo, em 45 dias consigo concluir o procedimento – ressaltou.

Assim que identificado o suspeito do crime, Joaquim Adorno explicou que, após ser interrogado, o torcedor vai responder pelo artigo 140, parágrafo 3º do Código Penal, com pena de 1 a 3 anos de prisão.

É um crime inafiançável e imprescritível. Provavelmente, ele será indiciado, o inquérito será encaminhado para o Poder Judiciário e passará pelo Ministério Público (MP), que também poderá oferecer denúncia – projetou.

Ainda conforme Joaquim Adorno, Fellipe Bastos revelou em seu depoimento o quanto ficou arrasado com as ofensas ouvidas, relatando ainda o seu estado emocional após o fato ocorrido.

Ele disse que já tinha ouvido falar muito do racismo, mas nunca tinha sofrido diretamente. Ele não tinha a percepção que seria tão doído para ele, tão ruim ouvir aquelas palavras. Aquilo marcou ele profundamente, a ponto de desestabilizá-lo emocionalmente, da família perceber e ter que conversar com os filhos. Então, observe o tanto que o racismo e a intolerância dói em quem ouve – disse.

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