Opinião: A necessidade de priorizar os jogadores da base

Goiás
Foto: Divulgação/GEC

Depois de um período de críticas e muita desconfiança, eis que o Goiás segue para terminar a primeira fase do Goianão como a melhor equipe, tendo como principal destaque a resiliência do técnico Guto Ferreira e um positivo rodízio de jogadores, o que possibilita nossa reafirmação no cenário estadual e a testagem do elenco, a fim de separar o joio do trigo e saber quem permanece no grupo para uma temporada que promete ser desafiadora.

O Goiás foi o clube que mais utilizou jogadores nas dez primeiras rodadas do estadual, sem abrir mão de aproveitar nossos destaques da base. Entretanto, boa parte do elenco é composta por atletas revelados em outras equipes, alguns dos quais já bastante adaptados ao clube, como é o caso do goleiro Tadeu e dos atacantes Nicolas e Vinicius.

Nomes como o lateral Diego, os meias Kauã e Allan, e os atacantes Pedrinho, Vitor Hugo e Wendell tem tudo para manter nossa tradição de revelar grandes atletas e merecem mais oportunidades no elenco principal. São esses alguns dos nomes que poderão manter nossa tradição de revelar talentos para o mundo futebol. Pedrinho, aliás, que fez uma grande Copa São Paulo, assim que estiver em condições físicas ideais, deve ser presença constante entre os relacionados e vive um grande momento. São jogadores jovens, mas com muita qualidade técnica e personalidade.

Por isso, é preciso dar respaldo e tranquilidade à comissão técnica, pois testes demandam riscos e jogadores jovens precisam de tempo para ganhar maturidade. Há uma grande parte da torcida que quer resultados imediatos e vê o título do Campeonato Goiano como uma obrigação. Eu já prefiro terminar a temporada em alta, disputando títulos, se possível, mas sobretudo, figurando na parte de cima das tabelas de nossas principais competições.

Outro ponto relevante é a questão financeira, que vem junto com o sucesso de jogadores da base. O Goiás sempre soube aproveitar bem os recursos auferidos com vendas de jogadores. Precisamos que esse tipo de receita faça efetiva diferença nos cofres da Serrinha. Os últimos anos foram marcados por patrocínios modestos e pontuais, os quais precisam ser reforçados com a venda de atletas valorizados. Vejam grandes os exemplos no futebol nacional. Pra valorizar, tem que por pra jogar!

Diante do novo cenário, com o avanço das SAF’s (Sociedades Anônimas do Futebol), a concorrência só aumenta e com ela surgem as dificuldades para manter um grupo competitivo. Por isso, precisamos avançar e insistir no rodízio que nos levou à primeira colocação no Campeonato Goiano, priorizando, sobremaneira, a molecada que pede passagem.

ETERNAMENTE SEREI GOIÁS

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