O futebol do Goiás parece estar mudando nos últimos jogos. Diferente do que vimos na última temporada, os jogadores parecem estar mais dispostos a praticar um futebol ofensivo e buscar as vitórias como um time grande. Mas há coisas dentro do clube que não mudam. E uma delas é a postura de certos dirigentes, como a de Edminho Pinheiro.
Após a vitória sobre o Goiânia por 2 a 0 nas quartas de final do Campeonato Goiano, Edminho ficou escandalizado com um pênalti não marcado a favor do Goiás em um claro toque de mão dentro da área. E com razão. Foi uma infração muito visível e o árbitro deixou passar. Mas não marcou por motivos de amadorismo na profissão, não por haver um “complô” da arbitragem contra o Goiás.
O que me incomoda é a forma como Edminho fala. Por diversas vezes, ele disse: “É um absurdo ele não dar um pênalti para o Goiás em nossa própria casa”. Primeiro de tudo, é preciso entender que a arbitragem não está lá para distribuir penalidades como se fosse brinde. Pênalti é pra ser dado quando realmente é pênalti, seja na Serrinha ou em qualquer outro estádio do mundo. Realmente, foi o caso de ter sido pênalti e o árbitro não marcou, mas a luta deve ser para um arbitragem mais profissional, com uma conduta correta, e não para “beneficiar” o clube quando estivermos jogando em nossos domínios, que foi isso que Edminho deu a entender em sua declaração.
O presidente do Conselho, enquanto reclamava da arbitragem, ainda demonstrou uma atitude infantil ao discutir com um repórter da Rádio Bandeirantes enquanto dava entrevista à outro veículo de comunicação dizendo: “Eu não falo com a sua rádio”. Já não é de hoje que a diretoria do Goiás tem sua equipe de rádio “preferida”, mas deixar de dar entrevistas a outro rádio por não aguentar críticas?
Isso não é atitude de dirigente. Se dispor a assumir um cargo como o do Goiás, um clube de primeira divisão, requer aguentar coisas pesadas do primeiro ao último dia. E ainda bem que vivemos numa democracia para podermos questionar e criticar quando achamos que algo não está no caminho correto.
É a hora de Edminho crescer, chorar menos nos microfones e se realmente estiver incomodado com a postura da Federação, cobrá-los de forma condizente, agindo como um DIRETOR (de forma inteligente) e não como um TORCEDOR (de forma ignorante).
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