“Eles querem que a Série B morra”, Presidente do Goiás detona atitudes da Libra e CBF

O Goiás Esporte Clube participou do Conselho Técnico para o início do Campeonato Brasileiro, realizado nesta última terça-feira (14), no Rio de Janeiro. A reunião contou com representantes dos 20 clubes da Série A, além do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues. Em pauta, assuntos sobre a sequência da competição nacional, principalmente envolvendo regras. Porém, o clube esmeraldino se mostrou desapontado com uma situação em questão.

Presidente do Goiás dispara contra CBF e Libra

Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o presidente executivo do Goiás, Paulo Rogério Pinheiro, falou sobre os debates que vem acontecendo entre a LFF (liga da qual o Esmeraldino faz parte) e Libra. Paulo Rogério se mostrou muito insatisfeito com o posicionamento da CBF, que vem abraçando completamente a ideia da Libra, que tem como principal política manter os “grandes” clubes brasileiros recebendo fortunas, enquanto que os demais se virariam com migalhas.

O que aconteceu no Rio, é que foi um dos dias mais tristes do futebol brasileiro, como se fosse um racha muito grande, onde a Libra está com a CBF, a CBF está com a Libra, e os times da Liga Forte (LFF) são jogados de canto, que é o que eles querem. Eles querem que a Série B morra e só o grupo do ‘bolinha’ seja bem remunerado. Isso é um racha terrível, onde eles (Libra) emplacaram cinco nomes deles no Conselho – desabafou Paulo Rogério.

Isso é muito ruim para o futebol brasileiro e mostrou que as Ligas dificilmente vão se compor. Ano que vem acaba o contrato da TV e aí a briga vai ser complexa, imagina a Série A sem TV aberta? Aí o pote de ouro, vira de prata, de bronze. Você vê o exemplo na Série B, que até o momento não tem TV aberta, de R$ 200 milhões, a Série B esse ano tem R$ 70 milhões para dividir entre 20 clubes. Assim não se faz futebol, mas isso a Libra não entende – explicou.

Eu tive pressão de todos os lados da Libra para assinar documentos, todos, até de conselheiros do Goiás. Mas eu não vou assinar com a Libra, Goiás, Vila e Atlético-GO, estamos todos fechados com a LFF e não vamos mudar nossa posição. Se o próximo presidente que entrar ano que vem no meu lugar sinalizar ir para a Libra, eu rasgo meu título (de sócio), porque eu não vou compactuar com o que acontece no futebol. Vocês viram como fomos prejudicados na Série A do ano passado, com 13 ocorrências de VAR. Então, foi muito triste o que aconteceu – concluiu.

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