O início de trabalho do Goiás em 2023 não empolga nenhum torcedor. Foram cinco jogos e nenhuma atuação razoável. Os culpados são óbvios para qualquer um que acompanha minimamente futebol e o histórico do clube nos últimos anos, mas se isso persistir, a bomba caíra no colo de Guto Ferreira.
É claro que todo treinador tem sua parcela de responsabilidade por não conseguir fazer o time jogar bem, mas é importante lembrar que o Goiás não joga de forma agradável há muitos anos. Fruto do DNA covarde, medíocre e medroso imposto pelos diversos erros de decisões dos Pinheiros desde 2015, inclusive por dar oportunidades a treinadores extremamente defensivos como Claudinei Oliveira (2019), Ney Franco (2018/2019), Hélio dos Anjos (2017), Jair Ventura (2022) e vários outros.
Guto não é um treinador que vá fazer o Goiás jogar com posse de bola e amassar qualquer adversário, até porque o clube não tem material humano para isso, mas é um técnico que pode, à longo prazo, fazer o elenco jogar sem a necessidade de se defender com onze atrás e sem ficar dando balão sem sentido para os atacantes. Só que isso leva tempo. E o Goiás nunca aprendeu isso.
O Goiás está sofrendo no Campeonato Goiano por ser um time que tem dificuldades de impor o jogo com um ritmo acelerado e pelo elenco montado ainda ser bem limitado tecnicamente. Mesmo com esse discurso patético de Edminho Pinheiro em dizer que “o clube não liga para o estadual”, é muito nítido que o futebol mostrado não é por esse motivo, e sim porque o Goiás não tem mais o que mostrar.
No final, é muito provável que o Goiás não consiga ganhar o Campeonato Goiano e demita Guto Ferreira, alegando que “o trabalho não fluiu”. E aí abriremos as portas para mais um treinador medroso chegar ao clube, postar o time no fundão do campo, ganhar um joguinho de um a zero e ser exaltado por torcedores e dirigentes de mentalidade pequena.
O que ganhamos com isso? Nada. Seremos sempre um clube fadado a ser coadjuvante, e quem é coadjuvante é um fracasso. Não aprende com os erros, com a história e não busca se adaptar ao que o futebol moderno exige.
Mas a família Pinheiro está muito ocupada chorando em microfone de rádio e reclamando de arbitragem, não é mesmo?
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