Goiás emite nota oficial e reforça seu posicionamento junto a Liga Forte Futebol; entenda o caso

Goiás
Foto: GEC

O Goiás Esporte Clube, através da Liga Forte Futebol (LFF), emitiu uma nota oficial rejeita os termos propostos pela Liga do Futebol Brasileiro (Libra) para a remuneração dos clubes que disputarão a Série A do Brasileirão a partir de 2025, quando chega ao fim o atual acordo de direitos de transmissão do campeonato. Segundo os termos propostos pela LFF, que conta com a participação de 26 clubes das Séries A, B e C, a diferença entre o time mais bem pago e o dono da menor remuneração tem que ser de, no máximo, 3,5 vezes.

Em uma reunião realizada em São Paulo, na sede da Federação Paulista de Futebol (FPF), nesta terça-feira (28), a Libra propôs que os clubes da Série B tenham direito a 15% do total arrecadado com patrocínios e vendas de direitos de transmissão da futura liga. Essa é outra proposta rechaçada pelo Goiás e demais clubes da LFF, que defendem que 20% seja destinado às divisões inferiores do Brasileirão, sendo 18% para a Série B e 2% para a Série C.

Outro ponto de discórdia é quanto ao investidor da liga. A Libra tem proposta da Mubadala Capital, que ofereceu US$ 900 milhões (R$ 4,7 bilhões, na cotação atual) para adquirir 20% dos direitos comerciais da futura liga, condicionado a ter 80% dos clubes da Série A no acordo. A LFF, por sua vez, já assinou contrato com a gestora brasileira Life Capital Partners e a norte-americana Serengeti Asset Management para a venda de 20% da liga em um contrato que pode chegar a US$ 950 milhões (R$ 4,97 bilhões). Provando assim, que mesmo sem os chamados grandes, a LFF conseguiu um investidor ainda maior.

Goiás emite nota

Goiás
Foto: Divulgação/Goiás

Liga Forte Futebol reforça princípios para formação de liga única de 40 clubes

A Liga Forte Futebol (LFF) acredita que o modelo de distribuição de receitas da Liga Brasileira deve ser aquele que torne o futebol brasileiro mais forte e competitivo como um todo. E, para isso, considera fundamental que haja um debate aberto sobre o tema.

Pelas notícias veiculadas nesta terça-feira sobre mudanças aprovadas em reunião da Libra acerca do modelo de distribuição das receitas de uma futura liga unificada, a LFF acredita que estão na direção certa e aguarda um contato da Libra compartilhando a proposta oficial aprovada para que possa haver a retomada do diálogo entre os dois grupos.

A LFF permanece aberta ao diálogo construtivo, como sempre esteve, visando à criação de uma liga unificada no Brasil.

No sentido da manutenção da transparência, a LFF vem a público resumir os pontos críticos que ainda parecem afastar uma convergência para um modelo único de acordo entre LFF e Libra.

Desde o princípio das discussões, a LFF apontou as seguintes premissas básicas para a criação de uma liga de 40 clubes:

  1. Um limite máximo de 3.5x de diferença entre o clube de maior e o de menor receita, independentemente do volume de receitas total gerado, ou de qualquer regra de transição – cláusula pétrea para a LFF;
  2. A garantia de repasse de 20% da receita total para as Série B e C, independentemente de como os direitos sejam negociados, seja de forma separada entre A e B ou de forma conjunta – cláusula pétrea para a LFF;
  3. A garantia mínima do PPV, presente nos contratos de alguns clubes até 2024, que causa as maiores distorções de receitas no futebol brasileiro, não pode ser mantida como referência para qualquer garantia de receita após 2025;
  4. A governança precisa respeitar um quórum de votação para mudanças importantes de 2/3, e não por unanimidade ou por uma maioria que na prática dê poder de veto a um grupo muito reduzido de clubes (ex.: 85%);

Todos esses pontos, já aprovados oficialmente pela LFF e que são parte do acordo com o grupo de investidores liderados pela Serengeti e pela Life Capital Partners, são de conhecimento da Libra desde o início das negociações entre os dois grupos em agosto de 2022.

Caso tenham sido ou venham a ser aprovados em futuro próximo, nos levarão rapidamente a um acordo para a criação de uma liga unificada no Brasil, objetivo final de todos os clubes brasileiros (da LFF).

E por fim, a LFF gostaria de reafirmar a segurança do seu assessor financeiro, a XP, no grupo de investidores liderados pela Serengeti e pela Life Capital Partners a partir do compromisso formal com investimentos de 4,85 bilhões para a liga de 40 clubes, e também um investimento de 2,325 bilhões para o cenário apenas com os clubes da LFF.

Um total de 26 clubes fazem parte da LFF, listados a seguir. Temos a honra de contar com clubes de 11 (onze) Estados que representam 4 (quatro) regiões do país.

E muito orgulho de termos atualmente 4 (quatro) de nossos clubes ranqueados entre os 7 (sete) primeiros do Ranking Nacional de Clubes da CBF de 2023, corroborando também a força do nosso grupo de clubes dentro de campo.

ABC

Athletico-PR

Atlético-MG

América-MG

Atlético-GO

Avaí

Brusque

Chapecoense

Coritiba

Ceará

Criciúma

CRB

CSA

Cuiabá

Figueirense

Fluminense

Fortaleza

Goiás

Internacional

Juventude

Londrina

Náutico

Operário-PR

Sport

Vila Nova

Tombense

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